São como eu aquelas azinheiras
do montado…
Como o verão alegre põe doçuras
e sorrisos no côncavo estrelado,
aprestam, em sorrisos, seu toucado
e vão erguendo ao céu os galhos novos.
Mas sob o verde-claro dos renovos
o negro da tristeza
se lhes adensa, em rama, tristemente
nos abrigos;
a quem as vê por dentro já pressente
o inverno que ameaça a Natureza:
-igual ao que adensa na minha alma,
igual ao que não veem meus amigos…
in “Livro da Vida” |