Uma vida pequena
para que é que serviu?
Rasto de poeira
em tarde de estio.
Que sonhos, que pragas,
que fogos em vão
calcados de terra
reacenderão?
Chora a infância, chora.
Não a que tiveste.
Mas a que na troca
do tempo apetece.
João José Cochofel, in “Os Dias Íntimos“