Sei que dez anos nos separam de pedras
e raízes nos ouvidos
e ver-te, ó menina do quarto vermelho,
era ver a tua bondade, o teu olhar terno
de Borboleta no Infinito
e toda essa sucessão de pontos vermelhos no espaço
em que tu eras uma estrela que caiu
e incendiou a terra
lá longe numa fonte cheia de fogos-fátuos.
António Maria Lisboa, in “Ossóptico e Outros Poemas”