Café dos Poetas “Uma dobra no cânone: em torno da poesia de Adília Lopes”
com curadoria de Francisca Camelo
Descrita por Valter Hugo Mãe como “a doméstica que escreve poesia”, o fenómeno que reveste a poesia de Adília Lopes serve tanto de inspiração como de fonte de mistério. Seria a poesia contemporânea portuguesa a mesma sem a auto-ironia de Adília, a sátira corajosa do seu quotidiano feminino, o seu absurdo existencial, sem, enfim, os seus gatos e as suas baratas?
Sessão com curadoria de Francisca Camelo. Com a participação de Francisca Camelo, Rita Taborda Duarte, Ana Freitas Reis e acompanhamento musical de André Moniz (guitarra). A apresentação é de Nuno Miguel Guedes.Francisca Camelo
Francisca Camelo nasceu no Porto em 1990. Tem poemas espalhados em diversas antologias e revistas em Portugal e no Brasil, tendo sido traduzida no México, Espanha e Alemanha. Autora de “Cassiopeia” (Apuro Edições, 2018); “Photoautomat” (Enfermaria 6, 2019); “O Quarto Rosa” (semi-finalista do Prémio Oceanos 2019; Corsário-Satã, Brasil) e “A Importância do Pequeno-almoço” (Fresca Edições, 2020).
Rita Taborda Duarte
Rita Taborda Duarte (Lisboa, 1973): poeta, crítica literária, professora do ensino superior e escritora de mais de uma dezena de livros para infância. Foi membro da Comissão de Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian e escreve regularmente sobre poesia e ensaio, nas mais diversas publicações. Em 1998, publica o seu primeiro livro de poesia (Poética Breve, Black Sun Editores), a que se seguiram outros dois: Na estranha Casa de um Outro e Dos Sentidos das Coisas, escritos com uma bolsa de criação literária atribuída pelo IPLB. Em 2015 publica o livro de poesia Roturas e Ligamentos (Abysmo) em parceria com André da Loba (ilustrações) e em 2019 «As Orelhas de Karenin» (Abysmo, 2019), finalista, nesse ano, do prémio spa/autores e Casino da Póvoa. Certa vez, num encontro numa biblioteca escolar, um menino chamou-a «Escritora Infantil». Desde esse dia, assumiu o epíteto brincando distraídamente com palavras.
Ana Freitas Reis
Ana Freitas Reis (Lisboa, 1981). Licenciada em Psicologia, desenvolve e coordena projetos de Psicologia e Teatro. Há seis anos que escreve semanalmente para o programa de rádio Em Transe, na rádio SuperBock SuperRock. Publicou e participou em diversas revistas em Portugal e no Brasil como Egoísta, Intro, Lote, Caliban, Capivara, Diversos afins, Torquato, Ruído Manifesto, Caderno Chão da Feira, entre outras. É coautora do projeto de residências artísticas ESPALDAR. Participou na antologia poética de homenagem a Maria Judite de Carvalho, editada pela poética edições e na antologia de 35 poetas portuguesas Tras los Claveles, pela Garvm. Autora do livro Cordão, editado pela abysmo.
André Moniz
Trabalhou como ator no TAS – Teatro Animação de Setúbal e colaborou com o Teatro Estúdio Fontenova, participando também em espetáculos independentes.
Protagonizou “Tagus”, de Miguel Cassiano, vencendo o prémio “Best Film” da Middlesex University de Londres em 2018. Como músico, responde pelos nomes Moniztico e Ohmonizciente. Em 2015, a sua mixtape “Boca de Cena” foi considerada pela BandCom um dos 25 melhores discos do ano em Portugal.