Já tenho treze anos, que os...
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António Feliciano de Castilho, 1.º visconde de Castilho, foi um escritor romântico português, polemista e pedagogista, inventor do Método Castilho de leitura. Em consequência de sarampo perdeu a visão quase completamente aos 6 anos de idade. Licenciou-se em direito na Universidade de Coimbra.
1800 | POETA
António Feliciano de Castilho
foto: Carlos santos
vida e obra
Castilho é um dos nomes salientes da nossa primeira geração romântica, ainda que nela represente a permanência de uma robusta formação arcádia combinada com a aprendizagem superficial de alguns princípios e práticas da nova estética.
Foi uma criança com dificuldades de saúde, incluindo sérios sintomas de tísica, as quais culminaram aos 6 anos de idade com um ataque de sarampo que o deixou cego. Apesar de nessa altura já saber ler e escrever, a cegueira impediu-o durante toda a vida de escrever e ler, tendo de estudar ouvindo a leitura de textos e sendo obrigado a ditar toda a sua obra literária.
Aprendendo somente pelo que ouvia ou lhe diziam, Castilho conseguiu alcançar razoável erudição no latim e nas humanidades clássicas, o conhecimento superficial de algumas línguas, e o conhecimento aprofundado da língua portuguesa, que lhe permitiu distinguir-se como poeta e prosador.
Graças ao auxílio devotado do irmão Augusto (mais tarde pároco), formou-se em Coimbra, em Cânones, revelando desde cedo disposições poéticas que suscitaram a admiração de familiares e de reputados homens públicos.
Formado nos modelos neoclássicos e arcádicos, combinados desde a juventude com o pré-romântico Gessner e posteriormente com o romântico Lammenais, Castilho só circunstancialmente aderiu ao Romantismo, permanecendo um clássico, ou, nas palavras de Teófilo Braga, um “árcade póstumo”.
“Já tenho treze anos,
Que os fiz por Janeiro:
Madrinha, casai-me,
Com Pedro gaiteiro.”
Excerto de "Treze Anos" | 1844
o poeta no parque
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Nota Biográfica
Nascimento: 28 de janeiro de 1800 – Lisboa
Morte: 18 de junho de 1875 – Lisboa
O Método Castilho
Os treze anos
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