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PALAVRAS27

Poeta

A obra de Mário de Sá-Carneiro ocupa um lugar de destaque na literatura portuguesa, sobretudo pela poesia. Foi um poeta em todos os domínios, até mesmo no teatro e na prosa.

A sensibilidade e o espírito doentio dominava-lhe a criação poética a tal ponto, que em quase todos os versos estampa-se um perene descontentamento com a vida e com o mundo.

1890 | POETA

Mário de Sá-Carneiro

foto: Carlos Santos

vida e obra

Filho de um engenheiro, ficou órfão de mãe com dois anos de idade e teve uma infância difícil. Foi entregue aos cuidados dos avós sendo criado na Quinta da Vitória, na freguesia de Camarate, nos arredores de Lisboa.

Desde 1908, data da publicação dos seus primeiros oito contos na revista Azulejos, que se reivindica como ficcionista.

Em 1911,foi para Coimbra e matriculou-se na Faculdade de Direito, nas interrompeu os estudos. Em 1912 iniciou sua amizade com Fernando Pessoa. Nesse mesmo ano, com o apoio financeiro do pai, foi para Paris e matriculou-se na Faculdade de Direito. 
Nessa época, publicou um livro de contos, “Princípio”.

A partir de 1913 começa a escrever poesia e em 1914 publica a novela “A Confissão de Lúcio” e o seu livro de poemas “Dispersão”. Nesse mesmo ano inicia, em colaboração com alguns amigos, entre os quais se destacam Fernando Pessoa e Almada Negreiros, a revista Orpheu, que é publicada no ano seguinte e provoca grande agitação na comunidade luso-brasileira.
A nova publicação revela tendências do simbolismo e do decadentismo até às novíssimas correntes estético-literárias como o futurismo. 

Depois de Paris a vida de Mário de Sá-Carneiro mudou radicalmente, após seu pai entrar em falência e cortar a mesada que o sustentava.

Além da dificuldade financeira e da crise geral que todos passavam Mário de Sá-Carneiro chegou a pensar em suicídio. Possibilidade que comentara com os amigos, inclusive com Fernando Pessoa, com quem se correspondia, sem que ninguém lhe desse muito crédito.

Mário de Sá-Carneiro suicidou-se no Hotel de Nice, em Paris, no dia 26 de abril de 1916, com apenas 26 anos.

“Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto,
E Hoje, quando me sinto,
E com saudade de mim.”

excerto de "Dispersão" |

o poeta no parque

A diagonal da ambivalência contrastante, depressão/euforia, marcando uma poesia que oscila entre tradicionalismo e excentricidade.

Leitura escultórica
Escultura em que a cabeça aparece desarticulada com o resto do corpo, clara referência da sua inadaptação ao mundo. Existência do elemento mesa que dá volume à estátua, parte do hexágono pessoano mas que tem asas gravadas que significa saudade. 
Representação do jovem burguês com alço na algibeira do peito, colarinho, sapatos e punho de camisa “anos vinte”. Alusão, nas suas próprias palavras, à falta do golpe de asa.
No retrato do poeta, em mármore cinzento de Trigaches, ela parece a intensificar a ideia de fuga para o mais além, o seu não-encontro com o tempo que viveu.

Leitura Poética
Representação que aponta o carácter narcísico, de procura constante que conduzem à extravagância, à efabulação e ao delírio, instalam nele uma crise permanente de personalidade, marcada pela inadaptação, solidão e autodestruição.

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Nota Biográfica

Nascimento: 19 de maio de 1890 – Lisboa
Morte: 26 de abril de 1916 – Paris

Quase - Por Carmen Dolores

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João Perry diz "A estranha morte do Prof. Antena"

Parque dos PoetaS

Pétala 43

Mecenas: CONSISTE, Consultoria, Serviços e Comércio de Equipamentos de Informática, S.A.

Localização

 

 

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