À partida o machimbombo parecia...
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É considerado o maior poeta de Moçambique.
Conquistou prémios em Moçambique, Itália e Portugal.
Recebeu condecorações de presidentes (português e moçambicano).
Em 1991, tornou-se o primeiro autor africano galardoado com o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa.
1922 | POETA
José Craveirinha
foto: Carmo Montanha
vida e obra
José Craveirinha foi um poeta moçambicano, nasceu e faleceu em Lourenço Marques (hoje Maputo).
Filho de mãe negra e de pai branco, algarvio. Passou os primeiros anos no ambiente tradicional moçambicano com a mãe “no meio de baladas à volta da fogueira”.
Mais tarde, ainda criança foi viver com o pai, tornando-se mais viva a mestiçagem cultural que estrutura a sua identidade e a sua poesia.
Os seus poemas questionam o registo biográfico, em que a figura do pai ganha importância, dando sequência a uma temática aculturativa e fundamental no universo da sua poesia.
O seu discurso poético enquadra-se na poesia contemporânea do período colonial. Tem também muita poesia escrita dos últimos 17 anos de vida do país novo que é Moçambique.
Poeta comprometido com os destinos do país, o autor criou, no entanto, um discurso muito próprio e original, em que a modernidade do verso e das imagens corrobora intransigentemente com os sentidos ideológicos. Assim, a língua portuguesa é como que abalada nas suas estruturas sintático-lexicais, para inovadoramente transportar consigo os ritmos e as energias das línguas moçambicanas.
“Faço anos. Quantos já não interessa.
Por uma questão de glândulas
infalivelmente na barba e nas têmporas
aos poucos e poucos envelheço.”
Excerto de "Reflexões no dia dos meus anos"
o poeta no parque
Leitura escultórica
A proposta apresentada foi pensada e inspirada no poema do poeta, com título “QUERO SER TAMBOR”.
O Conjunto Escultórico (executada em pedra mármore de diferentes tonalidades sobre uma base de betão) é constituído por quatro esculturas de diferentes formas e tamanhos, simbolizando três tocadores de tambores em diferentes posições: sentado, de pé e de joelho.
A quarta escultura representa uma figura sentada sobre um tambor criando um autêntico espetáculo de tertúlia da poesia.
Leitura Poética
As esculturas têm a capacidade de transmitir o entusiasmo em poesia, que acompanhada pela expressão da música tradicional de Moçambique, transmite os sentimentos da cultura no seu todo.
“Quero Ser Tambor” simboliza de forma visível e palpável os sonhos humanos transformados em realidade com a força da poesia.
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Nota Biográfica
Nascimento: 28 de maio de 1922 – Maputo, Moçambique
Morte: 06 de fevereiro de 2003 – Joanesburgo, África do Sul
Mestres da Língua Portuguesa
Síntese do livro José Craveirinha, da coleção «Mestres da Língua Portuguesa» de Jorge Chichorro Rodrigues.
Grito negro por José Craveirinha
Inauguração
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