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PALAVRAS27

Poeta

Alexandre Manuel Vahia de Castro O’Neill de Bulhões foi um importante poeta do movimento surrealista português. Era descendente de irlandeses. Tem uma biblioteca com o seu nome em Constância.
Autodidata, O’Neill foi um dos fundadores do Movimento Surrealista de Lisboa.

1924 | POETA

Alexandre O’Neill

foto: Carmo Montanha

vida e obra

Alexandre Manuel Vahía de Castro O’Neill de Bulhões, assinava apenas, como poeta, Alexandre O’Neill, apelido que já seu pai usara, herdado de um antepassado irlandês fugido para Lisboa na década de 40 do século XVIII. Nasceu em Lisboa a 19 de Dezembro de 1924 e veio a morrer na sua cidade antes de cumprir 62 anos, vencido por uma vida tumultuosa e múltiplas complicações cardiovasculares, a 21 de Agosto de 1986.


Da infância, conservou Alexandre a memória de um menino triste e fechado, a espreitar a Rua da Alegria dum quarto andar; as visitas breves e marcantes da avó Maria O’ Neill, também escritora. Trava conhecimento com Teixeira de Pascoaes, nas férias que passava em Amarante. Na adolescência começou a ler: além da avó escritora, a família era tradicionalmente bibliófila. O pai, bancário de profissão, tinha uma vasta biblioteca, tendo frequentado o curso de Belas Artes.


O’ Neill, apesar de nunca ter sido um escritor profissional, viveu sempre da sua escrita ou de trabalhos relacionados com livros – viria a trabalhar na publicidade, a ser cronista no Diário de Lisboa, n’ A Capital e, nos anos 80, no JL, escrevendo de modo indiferente prosa e poesia, que ia reeditando em livro. Foi também coordenador de uma Biblioteca Itinerante da Gulbenkian, tradutor e assessor literário. A sua obra representa um marco na poesia portuguesa e um símbolo de liberdade, de democracia, de luta contra o regime salazarista e contra todo o tipo de opressões.

“O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel Abandonado”

Há palavras que nos beijam

o poeta no parque

Cada livro é um canteiro de um jardim imaginário. Como ele se organiza o espaço surrealista contra o convencionalismo estéril.

Leitura escultórica
Escultura em mármore Negro Ruivina de Estremoz. Apresentada de modo surrealizante, seccionado, fragmentado, em que o poeta não tem mãos e quase não tem coxas. Pés faraónicos.
Peito
Asa negra do corvo – Referência à sua obra;
Mosca – presente em muitos textos da sua obra poética. Uma simbologia que não se deixa desvelar.

Leitura Poética
Os elementos escultóricos remetem para a fina ironia e sarcasmo demolidor da poesia e do espírito de O’Neill. De natureza interventiva.

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Nota Biográfica

Nascimento: 19 de dezembro de 1924 – Lisboa
Morte: 21 de agosto de 1986 – Lisboa

Vida e obra

Mariza - Há Palavras que nos Beijam

...Dizem os Poetas

Parque dos PoetaS

Pétala 56

Mecenas: ALCIR, Empreendimentos Imobiliários S.A.

Localização

 

 

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