Escultor
A sua primeira exposição individual foi em 1987, em Lisboa, com esculturas em ardósia. Em 1991 faz a primeira exposição com trabalhos em pedra e em 2008, começou a trabalhar o ferro.
1959 | escultor
Rui Matos
foto: Carmo Montanha
vida e obra
Nasce em Lisboa em 1959. Vive e trabalha próximo de Sintra.
Frequentou o Curso de Escultura da ESBAL. Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em 1993.
Em 1987 realiza a primeira exposição individual “Órgãos e Artefactos” – Lisboa, com esculturas em ardósia. Seguem-se esculturas em gesso-bronze “Primeira Ilha” – Colares e “Mediterrâneo” – Porto. A primeira exposição em pedra é de 1991 “Enormidade Sequência e Naufrágio”. Realiza outras em 2005 – “Transformações-Relatos Incertos” e “Objetos de Memória” e em 2007 “Histórias Incompletas”. Desde 2008 que as esculturas são em ferro, expostas em “A Pele das Coisas” e “Transformo-me naquilo que toco”.
Realizou diversas intervenções e obras públicas, como é o caso do “ Monumento à Revolta dos Marinheiros de 1936”, em Almada, “Monumento à Água” na Escola Secundária de São Pedro do Sul, Escultura alusiva ao poeta João Ruiz Castelo-Branco, no Parque dos Poetas em Oeiras, escultura pública na Estrada do Guincho, junto à Boca do Inferno, em Cascais, ou Monumento a Luís de Camões com Clara Menéres, em Paris
O escultor no Parque dos Poetas
![João Roiz de Castel-Branco (meados do séc.XV-1515)
Dos Trovadores (Séc. XII) aos Poetas da Renascença (Séc. XVII)
Escultor: Rui Matos
Parque dos Poetas (2ª Fase B)](https://palavras27.oeiras.pt/wp-content/uploads/2021/03/CS136146-474x324.jpg)
![PARQUE DOS POETAS - 2ª FASE (JOÃO ROIZ DE CASTEL-BRANCO - ESCULTURA DE RUI MATOS)](https://palavras27.oeiras.pt/wp-content/uploads/2021/03/CM127283_joao_roiz-474x324.jpg)
![pet_fot_jrcb](https://palavras27.oeiras.pt/wp-content/uploads/2021/02/pet_fot_jrcb-474x324.jpg)
![14820530622_cd7f625d1d_b](https://palavras27.oeiras.pt/wp-content/uploads/2021/02/14820530622_cd7f625d1d_b-474x324.jpg)
![Joao_Roiz_Castel_Branco](https://palavras27.oeiras.pt/wp-content/uploads/2021/02/Joao_Roiz_Castel_Branco-474x324.jpg)
“partem tão tristes os tristes,
tão fora de esperar bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.”
Excerto de "Senhora, Partes tão Tristes" | séc.XV
leitura escultórica
A escultura é constituída por duas colunas verticais paralelas que dão a sensação de par, de união, de sintonia. E cada uma das duas colunas nasce uma folha, e as duas folhas lançam-se no espaço em sentidos opostos, separando-se, “partindo-se”. Além de se separarem, as folhas são simétricas, mas numa resolução do positivo-negativo, como referência à dualidade de uma relação amorosa.
A escultura é em pedra mármore de Estremoz, de tom anilado, em que todos os veios visíveis são dispostos em simetria. O acabamento é em amaciado.
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Nota Biográfica
Nascimento: 1959 – Lisboa
Leitura poética
“O poema mais conhecido de João Roiz de Castel-Branco e geralmente o único que aparece na grande maioria das coletâneas, é a cantiga “Partindo-se”.
Na realidade, a época não se chamavam ainda poemas mas sim cantigas. É que apesar de o poeta ser datado do século XV/XVI, séculos a que correspondia o Renascimento em Itália, em Portugal, João de Roiz de Castelo-Branco, situa-se ainda numa época anterior, na chamada poesia trovadoresca – das cantigas de amigo, cantigas de amor, cantigas de escárnio e mal dizer.
A belíssima cantiga “Partindo-se” fala da separação da pessoa amada. A ideia da escultura é apresentada por duas folhas que se separam, que partem em sentidos opostos.”