Café dos Poetas – “Verso sem Palavras: Poesia Sonora”
Com curadoria de Raquel Castro.
A poesia sonora acentua os sons que compõem as palavras, mais do que o significado por trás delas. Usa a voz nas suas diferentes variações e por isso só existe enquanto manifestação sonora, seja através da oralidade, da fonética ou de efeitos eletroacústicos. Nasce antes do texto e não depende dele para existir. A palavra é apenas um dos seus elementos possíveis. Uma tertúlia a partir das vanguardas poéticas desde os futuristas e dadaístas até aos dias de hoje.
Isabel Nogueira
Historiadora de arte contemporânea, professora universitária e ensaísta. Doutorada em Belas-Artes/Ciências da Arte (Universidade de Lisboa) e pós-doutorada em História da Arte Contemporânea e Teoria da Imagem (Universidade de Coimbra e Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne). Livros mais recentes: “Teoria da arte no século XX: modernismo, vanguarda, neovanguarda, pós-modernismo” (Imprensa da Universidade de Coimbra, 2012; 2.ª ed. 2014); “Artes plásticas e crítica em Portugal nos anos 70 e 80: vanguarda e pós-modernismo” (Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013; 2.ª ed. 2015); “Théorie de l’art au XXe siècle” (Éditions L’Harmattan, 2013); “Modernidade avulso: escritos sobre arte” (Edições a Ronda da Noite, 2014). É membro da AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte).
João Silva
Trompetista, professor e investigador. Nos últimos anos, desenvolveu um particular interesse pela música para trompete e eletrónica, género que tem aprofundando e explorado, trabalhando em conjunto com compositores e realizando frequentes recitais em Portugal e no estrangeiro. João dedica-se também, de forma ávida, à improvisação, participando em diversas performances de música experimental, frequentemente combinando elementos multimédia e cruzamentos multidisciplinares.
Vitor Joaquim
Improvisador eletrónico, compositor e artista media. Formou-se em cinema nas áreas de som e realização, e é doutorado em Ciência e Tecnologia da Artes na área de Computer Music. Compôs para dança, teatro, instalações e multimédia. Começou a tocar música improvisada em 1982 e desde então apresenta-se regularmente ao vivo, um pouco por toda a Europa, ora a solo ora em colaborações diversas com criadores das mais variadas áreas. Tem 15 álbuns editados e cerca de duas dezenas de colaborações, compilações e remisturas internacionais. Na vertente expositiva, tem apresentado trabalho em diversas galerias e eventos, com especial incidência na área da escultura sonora e da instalação. É professor e investigador do ensino universitário desde 2009.