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PALAVRAS27

Rádio, Linguagem e Património Cultural

Com curadoria de Raquel Castro.

A identidade de uma comunidade tem uma dimensão sonora e esta é uma das matrizes mais profundas que é transmitida de geração em geração. Grande parte das práticas da oralidade estão em extinção porque o mundo contemporâneo aponta para outro tipo de utilizações da linguagem. O aparecimento da rádio pode ter contribuído para isso, resultando na homogeneização das diferentes formas de falar. Mas a rádio, por definição, envolve um certo abandono à escuta e é uma ferramenta fundamental para preservar e descobrir o nosso património cultural.

Henrique Amaro

Reconhecido divulgador de música portuguesa, tem concentrado o seu percurso como realizador de rádio na Antena 3, com passagens pela TSF e Rádio Energia. Foi programador da Expo’98, e criou a plataforma de edição digital NOS Discos. É responsável pela curadoria do disco “Novos Talentos Fnac”, editado anualmente pela Fnac. Em televisão, colaborou nos programas “Pop Off”, “Vira o Video” e “Spray”. Criou e apresentou o programa “Eléctrico” na RTP1 e “No Ar” para a RTP2. Foi consultor na remodelação do Festival RTP da Canção e integrou a equipa coordenadora do Eurovision Song Contest – Lisbon 2018.
Coordenou o livro “Cento e Onze Discos Portugueses – A Música na Rádio Pública” (Edições Afrontamento, 2017). Participou no filme “Zé Pedro Rock´n´Roll”, nos documentários “Meio Metro de Pedra”, “Rock Rendez Vous – A Revolução do Rock”, e na série de televisão “Estranha Forma de Vida”.

Pedro Félix

Pedro Félix é o coordenador da Equipa Instaladora do Arquivo Nacional de Som, estrutura de missão criada pelo Estado Português e tutelada diretamente pela Ministra da Cultura e pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Membro dos centros de investigação Instituto de Etnomusicologia (INET-md, desde 1997) e do Instituto de Histórica Contemporânea (IHC desde 2014), ambos da Universidade Nova de Lisboa. Colaborou com o Museu do Fado desde 2005. Integrou a equipa responsável pela elaboração da candidatura do Fado a Património Cultural Imaterial da UNESCO (2005-2011, onde coordenou o trabalho de campo e a inventariação do património fonográfico associado ao Fado). Coordenou e desenvolveu o programa de digitalização do espólio fonográfico do Museu do Fado.
Tem participado na organização de vários arquivos de som privados e colaborado com instituições públicas e privadas no tratamento de espólios fonográficos. Tem realizado trabalho de gravação, digitalização, restauro e masterização de áudio.
Concebeu e coordenou o projecto europeu HeritaMus (http://heritamus.fcsh.unl.pt/ 2015-2018), uma ferramenta digital para a curadoria colaborava de património material (fonográfico) e imaterial (práticas e conhecimentos musicais). Tem desenvolvido trabalho sobre grupos musicais em Portugal, tecnologia do som, indústrias da música, e património sonoro, mas também sobre metodologia e técnicas nas ciências humanas e no campo dos Science and Technology Studies. Toda a sua investigação serviu de base para publicações em livro, capítulos e artigos em revistas científicas (peer-reviewed), sobre contextos de produção musical tendo por base fonogramas históricos, sobre processos de patrimonialização e tratamento de documentos sonoros em suportes históricos, e para a sua tese de doutoramento sobre a prática musical em contextos de produção industrial. Integrou a equipa de coordenação da Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX para a qual escreveu mais de 50 entradas. As suas digitalizações e restauro de documentos sonoros têm sido publicadas em diversas reedições críticas de gravações históricas.

Raquel Castro

Investigadora, realizadora, editora e curadora de música e arte sonora. Fundadora e diretora artística do festival Lisboa Soa e do simpósio internacional Invisible Places. Doutorada em Comunicação e Artes pela Universidade Nova de Lisboa e investigadora integrada no CICANT / Universidade Lusófona, onde participa em projetos que se debruçam sobre a experiência aural nos territórios urbanos. As suas atividades enquanto investigadora e curadora resultaram em diferentes documentários, como Soundwalkers (2008) e SOA (2020), onde entrevistas, arte e ambientes sonoros se combinam para alargar a consciência sobre som. Atualmente, Castro é curadora da exposição Sound Art in Public Spaces, no âmbito do projeto europeu Sounds Now, que integra várias organizações e festivais de música da Europa e colabora regularmente com outros investigadores, artistas e festivais.

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Data

05 Mai 2022
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Hora

17:00 - 18:00

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