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Gomes Leal é considerado um precursor do Modernismo Português, tendo sido referido por Fernando Pessoa como um dos seus mestres. Este dedica-lhe o soneto Gomes Leal, publicado pela Ática na edição das Obras Completas de Fernando Pessoa, em 1967.
1848 | POETA
Gomes Leal
foto: Carmo Montanha
vida e obra
António Duarte Gomes Leal é um dos mais importantes poetas do nosso séc. XIX.
Filho ilegítimo de um funcionário público, vive com a mãe e a irmã, a sua principal fonte de inspiração.
No ano da morte de sua irmã, em 1875, publica Claridades do Sul, a sua primeira obra poética. Quando a mãe morre, converte-se ao catolicismo, o que tem influência na sua obra.
Poeta e jornalista, é escrevente de um notário e publica inúmeros textos panfletários de denúncia político-social.
A sua poesia oscila entre os três grandes paradigmas literários do final do século XIX: romantismo, parnasianismo e simbolismo.
Gomes Leal é considerado um precursor do Modernismo Português, tendo sido referido por Fernando Pessoa como um dos seus mestres. Este dedica-lhe o soneto Gomes Leal, publicado pela Ática na edição das Obras Completas de Fernando Pessoa, em 1967.
Na sua obra poética e panfletária, este poeta finissecular manifesta apego a entidades históricas e religiosas, numa atitude por vezes pessimista e acusadora. Todavia, é através desse apelo à História que procura um sentido para a vida. Este tipo de poesia enquadra-se na estética parnasiana cujas preocupações, além das de ordem formal e plástica, se inscrevem na procura da pureza original dos tempos, da História.
Respondendo ao Inquérito Literário organizado por Boavida Portugal (realizado entre setembro e dezembro de 1912 e publicado em 1915), Gomes Leal afirma: “Em mim há três coisas: o poeta popular e de combate, nas sátiras e panfletos; o poeta do sonho e do mistério, na Nevrose Nocturna, nas Claridades do Sul, na Lua morta e na Mulher de Luto; e o poeta místico, na História de Jesus, na Senhora da Melancolia e no segundo Anti-Cristo.”
“Eu sou um visionário, um sábio apedrejado,
passo a vida a fazer e a desfazer quimeras,
enquanto o mar produz o monstro azulejado
e Deus, em cima, faz as verdes primaveras.”
Excerto de "O Visionário (ou som e cor)" | 1875
o poeta no parque
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Nota Biográfica
Nascimento: 06 junho de 1848 – Lisboa
Morte: 29 de janeiro de 1921 – Lisboa
Carta de Gomes Leal a Albano Coutinho
Carta de Gomes Leal a Albano Coutinho, quando aquele tinha 13 anos.
Publicada no Diário de Lisboa de 05 de Setembro de 1921
O Visionário (ou Som e Cor)
Tertúlia a Gomes Leal
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