Escultor
Frank Ntaluma tem sido, desde finais dos anos 90, um dos principais artistas Makonde, um grupo étnico oriundo do sudeste da Tanzânia e do nordeste de Moçambique, cuja forma de arte, nomeadamente a escultura, assume já um importantíssimo papel no panorama da arte africana contemporânea.
1959 | escultor
Frank Ntaluma
foto: Carmo Montanha
vida e obra
Frank Arroni Ntaluma é um escultor moçambicano que nasceu em Nanhagaia, distrito de Nangade, província de Cabo Delgado, Moçambique, em 1959.
Iniciou o trabalho de escultura em madeira em 1990, no Museu de Etnologia de Nampula.
Em 1992 em Maputo, em grupo funda a “Favana – Grupo de Escultores Makonde”, onde se formam muitos outros artistas moçambicanos e estrangeiros. No ano de 2000 vai para a A.S.E.M.A., no Museu Nacional de Arte de Maputo.
Chega a Portugal em 2002 onde desenvolve com outros artistas um intercâmbio de sensibilidades artísticas. Em 2003 assume a responsabilidade da escola de escultura da A.L.D.C.I. – Portugal, integrada na escola da multiculturalidade.
Autodidata, faz a sua formação trabalhando e frequentando vários cursos de formação de desenho, projeto e escultura em centros internacionais e escolas de artes e ofícios.
Participou em várias exposições coletivas e individuais em Moçambique, Portugal, Suíça, Inglaterra, França, Andorra, China e Estados Unidos da América.
Está representado em coleções públicas e privadas espalhadas pelos quatro cantos do mundo.
O escultor no Parque dos Poetas
“Tambor está velho de gritar
Oh velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
corpo e alma só tambor
só tambor gritando na noite quente dos trópicos.”
excerto Quero ser Tambor |
Memória Descritiva
“A proposta apresentada foi pensada e inspirada no poema do poeta, com título “Quero ser Tambor”.
O Conjunto Escultórico (executada em pedra mármore de diferentes tonalidades sobre uma base de betão) é constituído por quatro esculturas de diferentes formas e tamanhos, simbolizando três tocadores de tambores em diferentes posições: sentado, de pé e de joelho.
A quarta escultura representa uma figura sentada sobre um tambor criando um autêntico espetáculo de tertúlia da poesia.
As esculturas vão ter a capacidade de transmitir o entusiasmo em poesia, que acompanhada pela expressão da música tradicional de Moçambique, transmite os sentimentos da cultura no seu todo.
“Quero Ser Tambor” simboliza de forma visível e palpável os sonhos humanos transformados reais com a força da poesia.”
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Memória Descritiva
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Nota Biográfica
Nascimento: 1959 – Moçambique