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PALAVRAS27

Poeta

Camilo Pessanha é considerado o melhor representante do Simbolismo português. 

Na elaboração dos seus poemas joga com as palavras e rompe com as tradicionais estruturas, para criar uma arte meticulosa no tratamento musical e vocativo do verso.

1867 | POETA

Camilo Pessanha

foto: Carmo Montanha

vida e obra

Camilo Pessanha, poeta de uma única obra, “Clepsidra”, mas das mais representativas e influentes do século XX, nasceu em Coimbra, a 7 de Setembro de 1867 – ano em que morre Baudelaire, cujas Flores do Mal, forma fonte de inspiração para os simbolistas.

A sua poesia é marcadamente pessimista, sendo notória a sua rejeição pelo mundo material.

Camilo Pessanha completou a instrução primária em Lamego, e em seguida estudou no Liceu Central de Mondego. Em 1884, entra na Universidade de Coimbra e publica o seu primeiro poema conhecido: Lúbrica.

Descobre os encantos da boémia coimbrã na companhia de Alberto Osório de Castro, Eugénio de Castro e António Nobre.

Passa vagamente pelo parnasianismo, mas será a leitura de Verlaine que o transforma no ícone do simbolismo em Portugal, precursor da linguagem de Pessoa.

Camilo Pessanha escrevia poemas desde os 18 anos, mas não guardava os originais, sabia-os de cor e recitava-os aos amigos.

Alguns destes poemas foram publicados nas revistas “Ave Azul” e “Centauro”.  

Em 1920, graças ao seu primo João de Castro Osório, que copiou os poemas e sonetos, foi editado o livro a que Camilo deu o nome de “Clépsidra”, onde reuniu as características essenciais do Simbolismo português.

Em Coimbra sofre um desgosto de amor. Nunca casou. Teve um filho, que morreu também de tuberculose pulmonar, fruto da sua relação com uma governanta chinesa.

Era viciado em ópio e faleceu em Macau, onde se encontra sepultado, vítima de tuberculose pulmonar.

Presença oriental marcada pelo pórtico e pela sinuosidade do percurso. A “Gruta de Camões” é uma explícita alusão a Macau, onde o Poeta viveu.

“Tenho sonhos cruéis; nalma doente
Sinto um vago receio prematuro.
Vou a medo na aresta do futuro,
Embebido em saudades do presente…”

excerto de "caminho I" | 1945

o poeta no parque

Leitura escultórica
Escultura construída a partir do seu exílio, à semelhança de Camões, mas sem carga negativa. Tónica que é dada pelas flores de outras paragens que o rodeiam. 

Existe também a porta que antecede o recinto escultórico e que significa a entrada para o Oriente. 

Os círculos concêntricos no pavimento prefiguram meridianos e paralelos, um percurso latitudinário e longitudinário.

Leitura Poética
A escrita poética revela o poeta e o homem que assimilou a cultura ocidental a que teve acesso e que acabou por o transformar no opiómano, asceta sábio. Daí a sua representação revelar uma postura decaída em introversão e vestido de branco, com uma calça que quase não é calça… é pele a intensificar a sua magreza.

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Nota Biográfica

Nascimento: 07 de setembro de 1867 – Coimbra
Morte: 01 de março de 1926 – Macau

Poema Estátua

Poema Violoncelo

Audiolivro: "Clepsidra"

Parque dos PoetaS

Pétala 41

Mecenas: ACORIL, Empreiteiros S.A.

Localização

 

 

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