Adolfo Correia da Rocha, literariamente conhecido por Miguel Torga, usou pela primeira vez o seu pseudónimo no ensaio “A Terceira Voz”. 

Depois de ter trabalhado no Brasil, entre os 13 e os 18 anos (experiência que viria a ser evocada na série de romances de inspiração autobiográfica Criação do Mundo), Adolfo Correia da Rocha regressou a Portugal, vindo a licenciar-se em Medicina.

Durante os estudos universitários, em Coimbra, travou conhecimento com o grupo de escritores que viria a fundar a “Presença”, chegando a publicar nas edições da revista o seu segundo volume de poesia, Rampa.
Em 1930, depois de assinar, com Edmundo de Bettencourt e Branquinho da Fonseca, uma carta de dissensão enviada à direção da publicação coimbrã, co-funda as efémeras revistas Sinal e Manifesto.

Proposto várias vezes para o Nobel da Literatura, a sua obra e a sua personalidade constituíram um referente cultural a nível nacional e internacional, tendo recebido, em vida, os Prémios Montaigne (1981), Camões (1989), Vida Literária (da Associação Portuguesa de Escritores, em 1992), o Prémio de Literatura Écureuil (do Salão do Livro de Bordéus, em 1991) e o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários, em 1994.