Terra sem uma gota de céu. Tão...
Ler Mais +Poeta e romancista, mas também cronista, crítico e tradutor, despertou para a escrita no seio da geração dos neorrealistas, em Coimbra. Através de um sólido trabalho de depuração e perfeccionismo, desenvolveu um estilo e uma consciência poética ímpares, que lhe valeram unânime reconhecimento pelos seus contemporâneos. Recebeu o Prémio Bordalo na categoria de “Literatura” e o Prémio Cidade de Lisboa.
1921 | POETA
Carlos de Oliveira
foto: Carmo Montanha
vida e obra
Carlos Alberto Serra de Oliveira era filho de emigrantes portugueses, e apenas passou os dois primeiros anos de vida no Brasil. Em 1923, a família regressou a Portugal para se fixar na pequena aldeia de Febres (Gândara), para o pai prosseguir aí o exercício de Medicina.
Dez anos mais tarde, já depois de concluída a instrução primária, Carlos de Oliveira mudou-se para Coimbra a fim de frequentar e de concluir os estudos liceal e universitário. Ingressou na Faculdade de Letras em 1941, acabando mais tarde por se licenciar em Ciências Histórico-Filosóficas.
Durante os 15 anos que permaneceu em Coimbra, o poeta e escritor criou e desenvolveu uma de sólida amizade, de convívio intelectual e de solidariedade ideológica com outros jovens universitários, nomeadamente Joaquim Namorado, Fernando Namora e João Cochofel.
Enquanto estudante integrou um grupo de intelectuais reclamador de um novo conceito ético e estético, ou seja, de um novo humanismo. Foi, também, por esta altura que começou a colaborar nas redações das revistas Vértice e Seara Nova.
Mais tarde ruma a Lisboa, onde passará a viver. Mantém colaborações esporádicas em vários jornais e revistas, e chega a tentar o ensino. A partir de 1972 dedica-se definitiva e exclusivamente à literatura.
A arte e a personalidade deste autor foram profundamente marcadas por três vetores fundamentais: a sua infância num meio pobre, rural e isolado (a Gândara).
“Se ao morrer o coração
morresse a luz que lhe é querida
Sem razão seria a vida
sem razão.”
Excerto de "Livre" | 1969
o poeta no parque

Micropaisagens poéticas que matizam o mapa da vida do escritor.
Leitura escultórica
Porte atlético, camisola de gola alta cachecol – imagem de existencialidade moderna. Esculpida em pedra Marron-dos- Pirinéus – mármore castanho com vários elementos químicos: silicatos, calcites e cimentos. Simbologia da teia ou rede que constitui a sua escrita, base do seu pensamento poético.
Leitura Poética
Os elementos escultóricos apontam toda a simbologia do grande humanista, que reflete a natureza trágica da existência humana ao mesmo tempo que a transcende pela escrita poética.
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Nota Biográfica
Nascimento: 10 de agosto de 1921 – Belém do Pará (Brasil)
Morte: 01 de julho de 1981 – Lisboa
EM VOZ ALTA OS NOSSOS POETAS...
Livre - Manuel Freire
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