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PALAVRAS27

Escultor

Entre as várias medalhas que desenhou, conta-se a comemorativa dos 150 anos do Banco de Portugal, dos 130 Anos da Polícia de Segurança Pública, dos 100 Anos da Associação dos Bombeiros Voluntários de Odivelas, do VII Festival de Bandas Amadoras, em Loures, dos 20 anos da ENSA – Seguros de Angola, dos 50 anos da NATO, 25 anos da morte do toureiro José Falcão, dos 500 Anos do Nascimento de D. João de Castro, editada pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda, e do 100.º aniversário do nascimento de Bento de Jesus Caraça.

1952 | escultor

João Jorge Duarte

foto: Carlos Santos

vida e obra

Em 1978 termina a licenciatura em Artes Plásticas (Escultura), pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.

É membro Efetivo da Academia Nacional de Belas-Artes. Fundador e Diretor da Secção de Investigação e de Estudos Volte Face – Medalha Contemporânea, da FBAUL.

Em 2012, o escultor foi distinguido pela Sociedade Numismática dos Estados Unidos com o Prémio J. Sanford Saltus, considerado o “Prémio Nobel” da área da medalhística.

Realizou dezenas de exposições coletivas de escultura e medalhística em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente em Espanha, Estados Unidos da América, Alemanha, Japão, Bélgica, Holanda, Hungria, Reino Unido, Finlândia e Suíça.

No campo da medalhística editou medalhas e realizou monumentos em espaços públicos, entre eles, a imagem da Nossa Senhora da Conceição da Figueira, na Mexilhoeira Grande, em Portimão, os monumentos ao “Homem do Mar”, em Peniche, aos Bombeiros Voluntários de Vialonga, e a “Dom Payo Peres Corrêa”, no Seixal.

Participou em diversas exposições individuais e coletivas de escultura e medalhística, em Portugal e no Estrangeiro.

Começou a expor individualmente em 1983, participando em coletivas desde 1971, tendo-se estreado no Salão Convívio na Sociedade Nacional de Belas Artes, por ocasião do 70.º aniversário da instituição.

Tem vários monumentos em espaços públicos. Recebeu vários prémios Nacionais e Internacionais. Representado em Museus em Portugal e no Estrangeiro.

O escultor assinou também várias peças de numismática, como as moedas bimetálicas de 100 escudos, comemorativa dos 50 Anos da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), de 200 escudos, comemorativa dos 50 Anos da ONU, ou a moeda em prata de oito euros, comemorativa do Euro 2004.

O escultor no Parque dos Poetas

“Naquele «pic-nic» de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.”

excerto de "De tarde" | 1887

Palavras do Escultor

“Se o fruidor não se deixar comover, se não conseguir ser transportado por uma escultura, ser por ela possuída, então nunca poderá compreendê-la. 

As pessoas geralmente passam por elas de uma maneira rígida, em vez de se aproximarem de mãos postas. Sim, só aproximando-se de uma escultura com a abertura de uma criança se poderá apreendê-la. A escultura tornou-se a
arte da interrogação interior. A forma não é somente uma aparência, uma plenitude acabada e perfeita, ela exprime-se pelos seus ângulos, pela combinação das arestas e superfícies, abrindo-se à profundidade da natureza que as rodeiam. 

A escultura tem o privilégio de incorporar o seu próprio lugar, a sua arquitetura, o seu sítio.
Não se contenta em representar, mas é uma construção verdadeira e completa, que permite colocar à luz do dia
os domínios mais misteriosos da vida interior. Ela é a linguagem mais completa e o meio mais tangível da comunicação. 

Posso afirmar que o Parque dos Poetas é um museu da mais nobre arte escultórica contemporânea dos
dias de hoje em Portugal! 

João Jorge Duarte in Oeiras em Revista Julho 2015

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Nota Biográfica

Nascimento: 1952 – Lisboa

Parque dos PoetaS

Pétala 29

Memória Descritiva

“A escultura, pela sua própria natureza, é uma arte refletida e laboriosa.
O tempo exigido pelo trabalho dos seus materiais mais usados, pedra, bronze ou madeira, a resistência destes materiais a vencer não incitam a experiências gratuitas. O escultor tem necessidade de uma longa elaboração. Na medida que as novas formas de escultura se integram na natureza e na vida de onde elas parecem ter
origem, aparecendo como uma germinação, uma sementeira, um campo de experiências de infinitas riquezas. O Parque dos Poetas agora finalizado, permitirá num quadro natural, observar dezenas de esculturas contemporâneas de várias correntes estéticas, produto de uma cultura de uma época, sintetizando e desenvolvendo a cultura da língua portuguesa com os seus maiores expoentes da nossa
literatura e poesia.” 

Localização