Escultora
É autora de diversos trabalhos escultóricos de intervenção arquitetónica em edifícios particulares e no espaço público, estando representada em diversas coleções públicas e privadas.
1963 | escultora
Susana Piteira
foto: Carlos Santos
vida e obra
Nasceu em Lisboa em 1963, licenciando-se em Artes Plásticas–Escultura pela ESBAP, em 1990, realizando a pós-graduação em Espaço Público e regeneração Urbana, Arte e Sociedade, na FBAUB, em 2001. Foi bolseira da FCG e da FCT.
Obteve o 2º Prémio Internacional de Escultura na Semana da Pedra III, em 1990. Expõe individualmente desde 1992 e coletivamente desde 1988.
É autora de diversos trabalhos escultóricos de intervenção arquitetónica em edifícios particulares e no espaço público, estando representada em diversas coleções públicas e privadas.
Desde 2020 leciona na FBAUP desde 2010.
O escultor no Parque dos Poetas
“Absorta no rigor de um duro fado
Tanto de meus sentidos me divido,
Que tenho só de vida o bem sentido,
E tenho já de morte o mal logrado.”
Excerto de "Soneto"
Leitura escultórica
O conceito de morte aparece materializado de múltiplas formas no projeto. O espaço cúbico subterrâneo, precedido da sua escadaria de acesso, remete-nos para um espaço tumular ou ainda para um espaço de reclusão para a espiritualidade. A enfatizar este facto existe um elemento que liga o interior ao exterior e que é tapado por uma grelha de ferro forjado, como se de uma cadeia se tratasse, permitindo a passagem da luz suficiente para permanecer no interior da câmara. O cipreste existente na superfície do jardim colocado estrategicamente na direção de uma das esquinas do cubo faz a ligação entre a Terra e o Céu. A ideia de paixão aparece no projeto sugerida pelas roseiras que ladeiam o muro em volta das escadas. A escada, é o caminho para o além, para a espiritualidade obtida através do amor a Deus que dá acesso à câmara cúbica de 4mx4m de lado. Esta é uma forma primária e perfeita, local ideal para introspeção mas que se deixa invadir pelo mal das raízes.
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Nota Biográfica
Nascimento: 1963 – Lisboa
Leitura Poética
Baseada no solilóquio da globalidade da produção poética de Soror Violante do Céu, onde se medita sobre a perfeição da vida religiosa e a sua vocação ascética, numa perspetiva de vida eterna. Foi definido como título do trabalho “Solilóquio” e como palavras chave que definem os seus conteúdos morte, paixão e interior (escavação).