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PALAVRAS27

Escultor

José Joaquim Rodrigues foi um artista plástico português. Realizou os seus estudos artísticos na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde concluiu o curso de Escultura. Com Armando Alves, Ângelo de Sousa e Jorge Pinheiro constituiu, em 1968, o grupo Os Quatro Vintes.

1936 | escultor

José Rodrigues

foto: Carlos Santos

vida e obra

Nasceu em Luanda em 1936. Formado em Escultura pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Fundador e Presidente da Assembleia Geral da Cooperativa Árvore, Porto. Condecorado, em 1994, com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Tem realizado monumentos e esculturas em Portugal e no estrangeiro, estando representado em várias coleções particulares e museus. Já executou mais de 100 medalhas para diversas entidades. Encenou várias peças de teatro em Portugal e no estrangeiro.

José Rodrigues foi um escultor que explorou diversas vertentes dentro do campo da escultura, o que tornou a sua obra imensa, mas, também, para responder a encomendas, o registo da sua obra avoluma-se nas peças instaladas no espaço público.

O escultor no Parque dos Poetas

“Eu vi já por aqui sombras e flores,
Vi águas e vi fontes e vi verdura,
As aves vi cantar todas d’amores.”

Excerto de "O Sol é Grande" | Séc. XVI

Palavras do Escultor

“(…) Neste sentido, a arte é representada por um objeto estético que exprime, ao mesmo tempo, um estado de espíri to, uma ideia, um sentimento e um movimento histórico indelével: Sá de Miranda é contemporâneo de D. Dinis, Camões de Sá de Miranda, Garrett é de Camões e Eugénio de Andrade de Garrett. Todos estes segmentos de arte poética, espalhados por este espaço, confluem num mesmo tempo histórico através das mãos escultóricas daqueles que edificaram este Monte Parnaso, que é o Parque dos Poetas. A testemunhar este espaço-atemporal está a oliveira milenária para a qual converge toda esta plêiade de poetas que sublimam a língua portuguesa.
Pisar o patamar do jardim dos poetas é entrar na eternidade, na medida em que as almas aqui vivificadas transpuseram, indelevelmente, o tempo para conviver, agora, lado a lado, com os seus criadores. Estas esculturas são movimentos vivos que pertencem à eternidade e, por isso, transpõem o tempo oxidável. Ora, o que se pode pedir de mais nobre do que duas artes que se reencontram e se integram para sublimar a vida!

José Rodrigues in Oeiras em Revista Julho 2015

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Nota Biográfica

Nascimento: 21 de outubro de 1936 – Luanda, Angola
Morte: 10 de setembro de 2016 – Porto

Parque dos PoetaS

Pétala 06

Leitura escultórica

No primeiro plano apresenta a figura do poeta “em bronze”, com cerca de três metros. A sua silhueta projeta-se no plano vertical “aço corten”, o recorte é dado pelo vazio, lugar onde cobre o indizível que é característica da obra dos grandes criadores como foi Sá de Miranda.
No plano horizontal, posterior à silhueta projeta-se a imagem na terra. Sá de Miranda morreu, mas o homem que disse “Antes quebrar que torcer”, não há terra que o coma.

Localização