Escultora
Conheceram-se em Belas Artes, casaram, e juntos lançaram-se na aventura da AR.CO, uma escola de ensino livre que fundaram em 1973, para ensinar várias disciplinas artísticas sem o peso institucional da academia: “Um lugar sem limitações de faltas, sem notas nem diplomas. Uma escola aberta, onde os professores são os escultores, os fotógrafos, os ceramistas, os pintores e que ensina quem sabe a matéria com a qual trabalha”…
1939 | escultora
Graça Costa Cabral
foto: Carlos Santos
vida e obra
Nasceu na ilha de São Miguel, Açores e muito nova veio para Lisboa. Estudou na Escola António Arroio e na Escola de Belas-Artes, dando curso a uma atividade continuada de escultora.
Foi co-fundadora do Ar.Co, projecto a que dedicou toda a sua vida como professora e membro da Direcção. Ao longo destes anos, nunca abandonou o seu trabalho de escultora tendo executado um número significativo de encomendas e participado com regularidade em exposições individuais e colectivas.
Soube aliar de forma exemplar a sua actividade de professora com a de escultora, trabalhando nas oficinas do Ar.Co ao lado dos alunos e explorando as novas tecnologias e materiais que foram sendo incluídos nos programas de aprendizagem.
Nos últimos três anos da sua vida, preparou a exposição apresentada em Lisboa na SNBA em Abril de 2016, reunindo peças e desenhos inéditos a par da seleção de alguns conjuntos escultóricos já mostrados anteriormente. Esta exposição foi apresentada dois anos depois na ilha de São Miguel, sua terra natal, no Arquipélago — Centro de Artes Contemporâneas, Ribeira Grande.
O escultor no Parque dos Poetas
“Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
Ai Deus, e u é?!”
excerto de "AI FLORES, AI FLORES DO VERDE PINO" |1290
lEITURA ESCULTÓRICA
A escultura foi pensada como um todo que integra o ajardinamento e é composta por peças em bronze.
Peças de Bronze
Troncos de pinheiro (moldes em silicone de troncos verdadeiros).
Altura – 2,40 m
Diâmetro – 20 a 30 cm
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Nota Biográfica
Nascimento: 1939 – Açores
Morte: 2016 – Lisboa
leitura poética
“Referenciar D. Dinis como poeta é também referenciar o Rei extraordinário que ele foi.
Talvez o ser poeta, essa inquietação, esse pano de fundo, essa diferença tenha feito dele o Rei da mudança, depois dos conquistadores da terra da consolidação.
D. Dinis pensa Portugal, tem uma visão englobante e unificadora. Olha para “dentro”, para a terra; planta, estrutura, faz leis, perspetiva o futuro.
O ecrã de vidro transparente é referência a essa visão, ao pensamento poético, à porta a abrir para uma outra expansão futura,
O “plantador de naves a haver”. Quem melhor que um poeta para definir outro poeta.
Os troncos de pinheiro em bronze são a memória desse pinhal.
E rosas, as rosas do milagre, que também fizeram parte da sua complexa personalidade.”