Já Bocage não sou!… À...
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Manuel Maria de Barbosa l’Hedois du Bocage foi um poeta nacional português e, possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano.
Foi um tradutor rigoroso do latim e do francês, vertendo para o nosso idioma textos de Ovídio, Museu, Lacroix, Voltaire, Delille, Pierre Rousseau, entre outros.
1765 | POETA
Bocage
foto: Carlos Santos
vida e obra
Manuel Maria Barbosa du Bocage, publicou o primeiro volume das Rimas em 1791 (o segundo saiu em 1799) e foi convidado a fazer parte da Academia das Belas Artes ou Nova Arcádia que reunia no Palácio do Conde Pombeiro, presidindo Domingos Caldas Barbosa – Lereno – às quartas-feiras. É aí que toma o nome arcádio de Elmano Sadino.
Uma certa aura de génio e infortúnio mitificou o poeta; gravuras e poemas ajudaram a fixar a sua imagem: rosto moreno, cabelo em farripas, olhos azuis. O que se diz eles revelarem – “pureza, grande amargura na boca” – evidencia a pujança autobiográfica que ressuma da sua poesia. Exaltado, impaciente, volúvel, inadaptável, são características que se lhe apontam. Tudo acrescentado a uma sensibilidade irritável.
A poesia de Bocage é uma poesia claramente classicista. Apesar de tudo, é da sua irreverência e consciência libertária de uma individualidade violentamente original que brotará a semente que permitirá aos românticos encontrar outros modos de exprimir a interioridade.
O conceito de poeta que Bocage representa é pois o do manuseador da linguagem como instrumento de um poetar capaz de dizer – copiando – a verdade natural e não a do poeta como agente de uma imaginação desregradamente inovadora.
“Mas em vão, porque o porco é bom só para assar,
E a sua ocupação dormir, comer, fossar.
Notando-lhe a ignorância, o desmazelo, a incúria,
Soltavam contra ele injúria sobre injúria.”
Excerto de "O Leão e o Porco" |
o poeta no parque
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Nota Biográfica
Nascimento: 15 de setembro de 1765 – Setúbal
Morte: 21 de dezembro de 1805 – Lisboa
A alma e a Gente
Bocage (demo) - 2006
Miguel Guilherme recita Bocage e O'Neill
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